O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) apoia um projeto inovador do Pequeno Cotolengo, de Curitiba. A entidade social acolhe pessoas com deficiências múltiplas (físicas e intelectuais) de todas as idades que foram abandonadas por suas famílias, sofreram maus-tratos ou viviam em situação de risco.
Para oferecer uma nova opção para tratamentos prolongados a pacientes que necessitam de reabilitação, o Pequeno Cotolengo lidera a implantação da Unidade Hospital São Luis Orione.
Com 25 leitos e idealizado para oferecer cuidados de forma individualizada e humanizada, o hospital deve iniciar o atendimento ao público no próximo ano, e sua instalação contou com o apoio do BRDE. O banco já auxiliou outros projetos da instituição no acolhimento de crianças, jovens e idosos.
O Pequeno Cotolengo atua desde 1965, dando às pessoas não apenas um lar feito de tijolos, mas construído com confiança, carinho e respeito. Fundada por São Luis Orione, na Itália, hoje a instituição possui seis unidades no Brasil, sendo a de Curitiba a maior delas. Todo o atendimento realizado pelo Pequeno Cotolengo é gratuito para os moradores da região.
São 553 funcionários na sede da capital paranaense que oferecem saúde, educação e cultura aos moradores. A maioria dos atendimentos é destinada à saúde, segundo o gerente de captação do Pequeno Cotolengo, Carlos Thomazelli. “Enfermagem, psicologia, fisioterapia, dentista e muitas outras especialidades médicas são oferecidas aos moradores. É deslumbrante porque nosso objetivo é oferecer uma vida com qualidade e acessível para essas pessoas”, afirma.
A instituição costuma acolher asilados hospitalares, ou seja, idosos que foram internados em hospitais e depois foram abandonados pela família enquanto estavam lá. “Há idosos que passam um ano abandonados em hospitais, é muito triste. No Pequeno Cotolengo, eles recebem muito carinho e cuidado”, relata o gerente.
Para manter a instituição, que oferece o atendimento gratuito à população, o Pequeno Cotolengo conta com doações, bazares e incentivos fiscais. Conforme o gerente, a captação de recursos por meio de incentivos fiscais é fundamental para o trabalho e desenvolvimento de organizações da sociedade civil.
CONTRIBUIÇÃO – Para o projeto da Unidade São Luis Orione, o BRDE contribuiu para toda a instrumentalização do hospital, como equipamentos de acessibilidade e material médico hospitalar permanente, além de treinamentos específicos para equipes multidisciplinares.
“Nosso diferencial é que vamos atender melhor a população carente, sempre levando o legado do nosso fundador. São Luis sempre disse que devemos estar à frente do nosso tempo. Este projeto é isso, um bem à sociedade de maneira inovadora”, reflete Thomazelli.
Com o repasse de R$ 26,5 mil em 2018 e R$ 85 mil em 2020, o BRDE se sente parte da história que o Pequeno Cotolengo escreve na cidade. “Um projeto tão bonito como este, que visa ajudar o próximo da maneira mais genuína, é um grande orgulho para o BRDE. Queremos tornar possíveis projetos como este, que mudam vidas e realidades, afirma o vice-presidente e diretor de operações do BRDE, Wilson Bley.
INCENTIVOS FISCAIS – Como agente de desenvolvimento social, econômico e cultural da região onde atua, o BRDE tem como política apoiar, através das leis de incentivos fiscais, diferentes projetos sociais do esporte, da cultura e da saúde.
A iniciativa constitui parte de sua política de responsabilidade socioambiental e compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), aplicando de forma direta recursos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
O edital de seleção para os projetos que serão contemplados em 2021 já está disponível neste link. Os pedidos de apoio aos projetos são recebidos exclusivamente em meio eletrônico, através do Portal de Incentivos, disponibilizado no site do BRDE. No ano de 2020, foram selecionados 106 projetos nos três estados, que totalizaram R$ 4,3 milhões. Desde 2015, foram ao redor de R$ 24 milhões de repasses.